Farol de Mosqueiro

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Farol de Mosqueiro

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Editorial

A relação com Mosqueiro surgiu muito cedo em minha vida. Quando nasci, meus pais já frequentavam a Ilha e meus avós eram pessoas encantadas por suas belezas e mistérios, frequentando suas belas praias e recantos bucólicos com assiduidade.

Minha mãe é filha de Cláudio Baião Cardoso e neta de Francisco Xavier Cardoso. Acometido de doença no pulmão, meu bisavô Francisco recebeu a recomendação de mudar para Mosqueiro, pois o clima da Ilha faria bem para a sua saúde. Viúvo e acompanhado dos dois filhos, Francisco instalou na rua Pratiquara a farmácia Cardoso, exercendo também as funções de “juiz de paz” e de parteiro. Não demorou muito para encontrar D. Xiquinha, casar com ela, ampliar a família e criar raízes definitivas em Mosqueiro. Meu avô, Cláudio, passou parte de sua infância e adolescência em Mosqueiro e frequentou os bancos escolares do colégio “Inglês e Souza”.

Minha bisavó Sinhazinha, mãe do meu avô Lauro, enfrentava as águas da região e de barco, juntamente com familiares e amigos, ia passar férias no sítio Conceição, localizado no litoral de Mosqueiro banhado pela baía do Sol. Meus avós paternos, sempre que podiam, embarcavam nos navios que faziam linha para Mosqueiro e iam desfrutar de seus encantos. Como não tinham casa na Ilha, frequentavam o Hotel do Zacarias, no Farol, onde dispunham de um apartamento cativo. Meu pai, ainda criança, contava com uma pequena canoa de madeira para descobrir os primeiros mistérios daquelas águas. Quando não iam para o Hotel do Zacarias, levavam a família para casas de amigos que, gentilmente, cediam suas residências. Uma delas era o chalé “Minhoto”, localizado na praia do Chapéu Virado e de propriedade do tio Deusdeth e da tia Eunice a outra era a casa do tio Domingos e da tia Nilza, localizada na passagem Luís Clementino.

Casado com minha mãe, meu pai que já era frequentador assíduo daquelas praias, adquiriu terreno na passagem Luís Clementino onde construiu sua casa, certamente a realização de um sonho de infância, eu tinha oito anos e minha irmã Mônica quatro. Nossa casa foi a primeira a ser construída naquele lado da rua, uma pequena clareira foi aberta e nela lançada suas fundações. Nesta ocasião, o Dr. Egídio Sales e sua esposa Ivete também construíam sua casa, na esquina da mesma rua. Desta forma, foi muito cedo que comecei a descobrir os encantos de Mosqueiro e não mais deixei de frequenta-la. Mais tarde, de posse de algumas “ferramentas acadêmicas” pude desvendar novos encantos e interpretar as relações entre as pessoas e destas com o ambiente, na Ilha.

ideia de publicar o Blog Mosqueiro Pará Brasil decorreu de alguns fatores. O primeiro deles foi a necessidade frequente que alguns alunos têm demonstrado quando da realização de seus trabalhos escolares, trabalhos de conclusão de curso, monografias de especialização e dissertações de mestrado, todos versando sobre aspectos diversos da ilha do Mosqueiro. Outro fator foi a quantidade razoável de trabalhos já realizados suscitando a necessidade de reunir essas informações em um único espaço. Finalmente, a minha intenção em contribuir com uma reflexão a respeito do significado de um plano capaz de promover o desenvolvimento integrado e sustentável da Ilha garantindo a melhoria na qualidade de vida de seus moradores e a satisfação de seus visitantes.

Nele disponibilizo informações sobre sua história, a valorização da cultura local, propostas referentes ao desenvolvimento local, denúncias, fotos, vídeos, dentre outros. Sempre haverá espaço para as pessoas se manifestarem enviando suas contribuições para o e-mail: edujcbrandao@gmail.com que serão publicadas após passar por um conselho que irá avaliar a coerência com a sua linha editorial do Blog.

Se você se sente comprometido em fazer por Mosqueiro e não de se fazer com Mosqueiro, participe. Todos serão sempre bem vindos.

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