Gravura do Chalé Porto Arthur pertencente à Senhora Mariinha Chaves |
Dando
sequência ao resgate do patrimônio material e imaterial de Mosqueiro, trago ao
conhecimento dos leitores do Blog
Mosqueiro Pará Brasil o texto a seguir que foi extraído e adaptado da
monografia que serviu de Trabalho Final de Graduação do Curso de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade da Amazônia de autoria da então graduanda Simone Braga Chaves, sob orientação da
Profa. Dulcília Maneschy Corrêa Acatauassú Nunes, no ano de 1999.
Simone
é filha do casal Nelson Luiz Teixeira Chaves e Selma Braga Chaves, atuais
proprietários do Chalé Porto Arthur, objeto central do estudo por ela
desenvolvido. Além disso, o idealizador, construtor e primeiro proprietário
desta residência, Arthur Pires Teixeira, pioneiro no desenvolvimento de Mosqueiro,
foi o bisavô de Simone.
Como
resultado desse esforço, temos o registro da história e das características de
importante edificação que compõe, ao lado de outros exemplares congêneres, um
conjunto arquitetônico singular no processo de ocupação da Amazônia.
Em
nosso País, é imensa a quantidade de bens ou “coisas” que merecem ser
preservadas à posteridade, pois é um país colonizado por culturas diversas que
com o passar dos anos se multiplicaram, tornando o brasil o Brasil um país
multicultural.
A
preservação deveria ser um compromisso de todos, não só no que diz respeito às
construções antigas, mas à cultura, aos costumes e à história de uma sociedade
e de um território, será com a preservação deste patrimônio que ratificaremos
nossa identidade onde o povo conhece suas origens e evoluções.
Justificando
o termo preservação, Carlos Lemos define:
Preservar não é só guardar
uma coisa, um objeto, uma construção, um miolo histórico de uma grande cidade
velha. Preservar também é gravar depoimentos, sons, músicas populares e
eruditas. Preservar é manter vivos, mesmo que alterados, usos e costumes
populares. É fazer, também, levantamentos, levantamentos de qualquer natureza,
de sítios variados, de cidades, de bairros, de quarteirões significativos
dentro do contexto urbano. É fazer levantamentos de construções, especialmente
aquelas sabidamente condenadas ao desaparecimento decorrente da especulação
imobiliária.
Devemos, então, de qualquer
maneira, garantir a compreensão de nossa memória social preservando o que for
significativo dentro do nosso vasto repertório de elementos componentes do
Patrimônio Cultural.
Este
post do Blog Mosqueiro Pará Brasil é mais uma contribuição na esperança de que
as autoridades responsáveis pela salvaguarda do patrimônio histórico e cultural
em nosso País assumam definitivamente o compromisso de resgatar e proteger os
tão falados Chalés de Mosqueiro. Foi quando assisti a defesa do trabalho da
Simone que nasceu as ideias iniciais da proposta, já veiculada por este Blog, Centro Cultural - Casa da Memória.
Localização
da Edificação
O Chalé Porto Arthur,
situa-se no Distrito Administrativo do Mosqueiro, banhado pela baía do Marajó e
pela Baía do Sol, e distante do centro da Capital do Estado do Pará, Belém,
cerca de 70 quilômetros terrestres.
Fotografia do Chalé Porto Arthur - 1960 |
Mais precisamente, a
edificação encontra-se na praia do Porto Arthur, antiga praia do Covão, “... cuja história se deve a um português
amante das belezas e da paz mosqueirense, no começo do século XX”. O nome
da praia foi modificado há muitos anos, com o objetivo de homenagear Arthur
Peres Teixeira, proprietário do Chalé em questão, e de muitos outros terrenos
daquela área, inclusive, onde atualmente encontra-se a Travessa Pires Teixeira,
cujo nome é também em sua homenagem, pois o terreno foi doado por Arthur Pires
Teixeira à prefeitura com o intuito de que fosse criada uma rua para interligar
os moradores nativos da redondeza, com o interior da Ilha. Então, o nome da
praia é uma homenagem ao proprietário do Chalé, e não o contrário como muitos
acreditam.
É possível notarmos que a
orla de Mosqueiro vem modificando-se ao longo dos anos. Como exemplo, tomamos
as praias do Porto Arthur e Murubira, que hoje em dia, quando a maré está
cheia, a águas chegam a atingir o muro de arrimo, encobrindo totalmente a
praia. Porém, há muitos anos atrás a paisagem era totalmente diferente, pois as
praias eram bastante distante das casas, separadas por extensas áreas
arborizadas. Em frente à praia do Porto Arthur existia inclusive, uma
construção em madeira com as mesmas características do chalé em estudo, feita
também por Arthur Pires Teixeira, consistia em dois vestiários, um masculino e
outro feminino, para uso de seus familiares.
Arthur Pires Teixeira sentado na frente do banheiro que existia na frente do Chalé que aparece ao fund pertencente à Senhora Mariinha Chaves |
Durante alguns anos, um
barracão no interior do terreno do Chalé Porto Arthur foi garagem e parada
terminal para o bonde do Ferro Carril, veículo de tração animal cujo
empreendedor foi o proprietário da edificação.
Bonde com tração animal de propriedade de Arthur Pires Teixeira. Nesta foto ele aparece com paletó preto e calça branca ao lado do condutor. |
Além de todos esses
benefícios, Artur Pires Teixeira doou um relógio que foi instalado na fachada
principal do Mercado Municipal; construiu o Cine Guajarino, que infelizmente
foi desativado, onde funciona atualmente um “mercadinho”, após o fechamento
desse cinema não se tem notícia de tenha existido ou exista alguma sala de
filmes na Ilha; publicou em Paris artigos de sua autoria sobre a ilha do
Mosqueiro, relatando na Europa, as belezas e encantos da sua paixão; foi
compositor, chegando a publicar belíssimas músicas para piano.
Relógio doado por Arthur Pires Teiexeira quando ainda estava na facha da do Mercado Municipal. |
As homenagens a Arthur Peres
Teixeira não ficam apenas no nome da praia em frente à sua residência e a
travessa, estão presentes também na Estação Rodoviária de Mosqueiro situada no
bairro da Vila e no busto localizado na praça principal do Carananduba.
Entorno
da Edificação
Como já foi mencionado, o Chalé
encontra-se na praia do Porto Arthur, localizada entre as praias do Murubira e
do Chapéu Virado. Esta última, durante muitos anos, foi palco de belas
edificações do início do século XX, geralmente em madeira, com grandes áreas
verdes ao redor. Atualmente, estas belas edificações estão reduzidas a poucos
exemplares.
Na praia do Porto Arthur,
encontramos o chalé “Briconly”, construída em madeira, com varandas
alpendradas, porão habitável e lambrequins no telhado. Infelizmente,
encontra-se num estado ruim de conservação. Notamos também, o chalé “Santa
Maria” construído em madeira, com varanda alpendrada e telhado aparente.
Encontra-se em bom estado de conservação.
Chalé Briconly |
As demais edificações no
entorno do chalé Porto Arthur, são mais recentes, a grande maioria segue um
estilo arquitetônico mais regionalista, com muita madeira aparente nos pilares
e esquadrias; grandes telhados cobertos com telhas de barro, beirais extensos,
etc. existem também, as edificações no estilo modernista, além do difícil de
apartamentos, que é denominado, também, de Porto Arthur. Por essa
diversificação de estilos, dizemos que, neste trecho, a orla de Mosqueiro
encontra-se totalmente eclética quanto às edificações, mas nada que torne a
paisagem desagradável ou conflitante.
Histórico
da Edificação
A edificação em questão é um
chalé praticamente todo em madeira de lei, erguido no início do século XX,
provavelmente, segundo informações, no ano de 1905. Durante o desenvolvimento
do presente trabalho, não foi identificado materiais bibliográficos sobre a sua
construção, estilo arquitetônico ou dados que esclareçam sua existência.
O primeiro proprietário do
terreno, e também construtor da edificação, foi Arthur Pires Teixeira (1880 –
1961), era paraense, ao contrário do que Augusto Meira Filho relata em seu
livro “Mosqueiro: Ilhas e Vilas” comerciante, e amante das belezas naturais em
Mosqueiro. Ele foi um dos primeiros a construir casa naquele trecho da orla.
Fotografia de Arthur Pires Teixeira |
Acredita-se ter adquirido o
terreno nos primeiros anos do século XX, concluindo a obra em 1905. Desde o
início a propriedade pertenceu à mesma família, passando de pai para filho ou
irmãos, não sendo, portanto, habitada por desconhecidos.
Inicialmente, o terreno
chegava até o igarapé Natal do Murubira, sendo que a área de entorno do chalé
compreendia apenas 59 metros de testada, por 100 metros de profundidade e os
1.036 metros que levavam ao igarapé, eram em mata fechada, sem utilização para
residência.
Arthur Pires Teixeira foi
casado com Alzira Rodrigues Pires Teixeira, e tiveram quatro filhos: Palmyra
Pires Teixeira, Alba Rodrigues Pires Teixeira, Mariinha Pires Teixeira Chaves e
João Rodrigues Pires Teixeira. No ano de 1961, Arthur Pires Teixeira faleceu, e
o terreno e tudo que existia no seu interior, passou a ser propriedade das
filhas Palmyra e Alba.
Na época, Palmyra e Alba
residiam no Estado do Rio de Janeiro, e assim, Waldemar Lins de Vasconcelos Chaves,
esposo de Mariinha Pires Teixeira Chaves, passou a administrar a propriedade,
estes, tiveram quatro filhos: Nelson Luiz Teixeira Chaves, Luiz Carlos Teixeira
Chaves, Murillo Teixeira Chaves e Mônica Teixeira Chaves.
Em 1970, grande parte do
terreno foi desapropriada para a construção da Rodovia PA-391. A parte que
ficou depois da estrada, foi vendida para a ASCB (Associação dos Servidores
Civis do Brasil), e a outra parte que confinava com o terreno do chalé, os 100
metros, foi vendido para pessoas físicas, inclusive alguns lotes foram
comprados por Nelson Chaves, filho de Mariinha e Waldemar Chaves.
No ano de 1994, Waldemar
Lins de Vasconcelos Chaves faleceu, transferindo a propriedade para a sua
esposa Mariinha Chaves. Desde então, a administração da mesma ficou sob
responsabilidade de Nelson Chaves, primogênito do casal, casado com Selma Braga
Chaves, com quem tem três filhos: Arthur Braga Chaves, Fábio Braga Chaves e
Simone Braga Chaves. Nelson tem como principal intensão conservar o chalé com
seus traços originais, fato que pode ser observado na reforma recente que
realizou, em 1997, substituindo somente as peças e materiais que já não
poderiam mais ser restaurados, e recuperando tudo que estava deteriorado,
inclusive móveis e utensílios da casa.
Cronologia
da Edificação
O chalé Porto Arthur,
segundo informações dos proprietários, teve sua construção concluída por volta
do ano de 1905. Inicialmente era todo em madeira, porém, como passar dos anos,
e o propósito de atender às necessidades dos proprietários, foram feitas
algumas modificações internas. Essas modificações não alteraram a composição da
edificação. Este chalé passou por algumas reformas, as mais significativas
realizadas nos anos de 1935, 1966, 1981 e 1997. A primeira, em 1935, ainda
realizada por Arthur Pires Teixeira, consistiu apenas em modificar as paredes
do banheiro e da cozinha para alvenaria.
A segunda, em 1966, feita
por Waldemar Lins de Vasconcelos Chaves, consistiu em reparar todas as peças
danificadas da edificação, instalar forro nos compartimentos que não possuíam,
transformar os ambientes de chuveiro e sanitário em um único banheiro, retirar
o dormitório de serviço e revestir o piso da cozinha e banheiro com ladrilho
hidráulico.
A terceira, em 1981, feita
por Waldemar Chaves com auxilio de seu filho mais velho Nelson Chaves, teve
como objetivo a criação de um banheiro no dormitório 01, dando origem a uma
suíte.
A reforma mais recente ocorreu
em 1997, onde Nelson Chaves restaurou toda a edificação, recuperando as peças
de madeira do telhado, das paredes, dos forros e até mobiliários da edificação,
construiu mais um banheiro, criando outra suíte, no lugar do então dormitório
03, refez as instalações elétricas e reparou as hidráulicas, pintou o chalé
interna e externamente, além da reforma na casa do caseiro.
Análise
Estilística
No Brasil, as residências
erguidas nos séculos XVIII e XIX, ocupavam sempre todo o espaço do lote e as
plantas eram semelhantes umas das outras. Poderiam ser encontrados as casas
térreas, os sobrados, as de porão baixo e os sobrados com o porão alto, mais
sempre ocupando todos os limites do lote. Neste período, as edificações
erguidas no Brasil eram praticamente cópias das existentes em Portugal,
inclusive as mercearias de esquina.
Depois de muitos anos, com o
fim do tráfico de escravos, a chegada dos imigrantes e o desenvolvimento do
trabalho remunerado, começaram a aparecer as edificações com um pequeno
afastamento em relação ao limite do lote, primeiramente o afastamento era
lateral, discreto em apenas um dos lados, dando início ao aparecimento dos
jardins laterais, valorizando a elevação voltado para ele.
Somente nos últimos anos do
século XIX e nos primeiros do século XX, pode-se dizer que a edificação já
estaria totalmente solta e relação ao lote, surgindo as chácaras, “habitações
campestres próximas da cidade”, os chalés.
A edificação em estudo assim
como outras residências desta Ilha, assemelha-se a uma construção em estilo
europeu. Pode-se denomina-la de chalé, apresentando-se também como uma
construção isolada no centro do terreno. Corona e Lemos, assim definem chalé:
“chalé
– Termo proveniente do francês chalet e que originalmente se aplicou
entre nós, para designar a casa campestre de estilo suíço principalmente, e que
hoje se refere de modo geral a toda casa de madeira rural, campestre, etc...”.
O chalé Porto Arthur pode ser considerado como eclético, notando-se a predominância do estilo Art Nouveau nas formas sinuosas dos alisares, nos ornatos das bandeiras das portas internas de acesso a suíte 01 e quarto 01 e nos detalhes do lambrequim da fachada frontal, nas cores dos vidros das bandeiras que compõe as janelas rasgadas da fachada frontal e as portas de acesso a suíte 01 e quarto 01 no vidro rugoso azul da bandeira das janelas laterais.
A fachada principal
(noroeste) é composta por um frontão com um óculo circular no centro para
ventilar o desvão do telhado, tem a estrutura de caibros do telhado encoberta
por lambrequins rendilhados em madeira pintada, com ornamentos em forma de
flores, também em madeira. É guarnecida por quatro janelas rasgadas com
bandeira fechada por vidros coloridos em formas sinuosas, e alisares rebuscados
e uma porta de acesso a edificação idêntica a estas janelas rasgadas, existe
uma pequena escada em alvenaria em frente a porta de acesso. As gateiras que
encontram-se abaixo dessas janelas, são fechadas também por grades de ferro
fundido e trabalhado, e os guarda-corpos que protegem estas janelas são também
em ferro fundido e trabalhado seguindo o mesmo estilo das gateiras. Nesta
fachada, todas as paredes são em madeira de lei e repousam sobre o baldrame de
alvenaria.
A fachada lateral (nordeste)
é menos rebuscada. Em primeiro plano nota-se uma parede cega, ou seja, sem
aberturas, que é a da suíte 01, sobre esta parede, o lambrequim que encobre o
telhado frontal, é diferente do voltado para fachada descrita anteriormente,
mas também bastante rendilhado. Já em segundo plano, que é composto pela sala
de jantar e cozinha, notamos que é composta com três janelas duplas com detalhe
da bandeira em vidro azul rugoso, e uma janela simples em madeira de lei, na
cozinha. E em terceiro plano, onde encontra-se o banheiro social, notamos uma
porta simples em madeira de lei. O telhado que cobre esta área é aparente, com
estrutura em madeira e telhas de barro tipo colonial. Nesta fachada, notamos
que quase todas as paredes são em madeira, com exceção do banheiro que é em
alvenaria.
Na fachada posterior
(sudeste), também notamos três planos diferentes, o primeiro é composto apenas
por uma parede cega, sem aberturas, em alvenaria que é a parede do banheiro
social, em segundo plano, notamos a presença de uma janela lisa, simples em
madeira e a porta de acesso a edificação, também simples em madeira, à frente
desta porta de entrada, existe uma portinhola de madeira, com 1,00 m de altura,
para impedir a entrada de animais na casa, e o terceiro plano é guarnecido por
duas janelas rasgadas, diferentes das encontradas na fachada principal. Em
todos os três planos, os telhados são aparentes com estrutura em madeira e
telhas de barro tipo colonial, e as paredes são em madeira com exceção do
primeiro plano onde encontra-se o banheiro social.
A outra fachada lateral
(sudoeste), é composta por quatro janelas, oito gateiras, e nove seteiras,
estas gateiras e seteiras são fechadas por grelhas de ferro. As janelas estão
localizadas na sala de estar, nos quartos e na suíte 02, as seteiras estão na
cozinha, no banheiro da suíte 01 e no banheiro social. Com exceção das paredes
da cozinha e dos banheiros, que são em alvenaria, as demais são em madeira. Nesta
elevação, o telhado também é todo aparente, com estrutura em madeira e telhas
de barro tipo colonial. É possível notarmos o detalhe do guarda-corpo da escada
que dá acesso a edificação na fachada frontal que é em ferro fundido e
trabalhado.
Proposta
de preservação
A edificação em estudo,
apresenta ótimas condições de preservação, como pôde ser comprovado nos
levantamentos realizados no local. Por esse motivo, não há necessidade de uma
restauração no chalé, tanto no que diz respeito à parte interna quanto à
externa, e sim, a constante manutenção, fato que vem acontecendo durante alguns
anos. E também, o reparo de algumas peças que possam estar danificadas, como
ocorre principalmente no piso de madeira, tabuado corrido de acapu e
pau-amarelo, pela dificuldade de reposição, devido a escassez do material e o
elevado custo.
Tendo sido alterado o
partido original da casa, que pode ser comprovado neste estudo, com a
finalidade de adequar a edificação às necessidades dos proprietários e também
aos novos costumes, modificados com o passar dos anos e das gerações,
pretende-se não mais alterá-la para evitar que num futuro próximo perca suas
características originais.
Dessa forma, propõe-se a
construção de uma edificação no terreno, com apenas algumas suítes, desde que
se preserve o entorno, permitindo a ambiência do local e visibilidade, ou seja,
não sufocando o chalé com edificações rebuscadas ou desproporcionais. Essa nova
construção, teria a finalidade de atender os proprietários em condições
satisfatórias de conforto, continuando o chalé como ponto de integração, uma
vez que a família está crescendo, e não mais será possível o abrigo de todos na
casa.
Para o interior do chalé
Porto Arthur, tem-se a intensão de transformar a sala de estar em uma sala
expositora com painéis e fotos que informem a origem da casa, as transformações
ocorridas, os detalhes construtivos, os ornamentos em madeira, e fatos sobre a
vida de Arthur Pires Teixeira e da família. Registrando também, uma pequena
parte da história de Mosqueiro, que como foi estudado, tem um rico patrimônio
histórico e arquitetônico, que infelizmente não é lembrado e desconhecido por
muitos e aos poucos poderá transformasse em um local sem passado, como ocorre
em muitos lugares no Brasil.
Conclusão
A realização deste trabalho,
consistiu em um levantamento e uma proposta de preservação para o Chalé Porto
Arthur, abrangendo a evolução urbana de Belém e de Mosqueiro e o conhecimento
da edificação. Fez parte também o diagnóstico, que foi importante fase para a
concepção da proposta de preservação da edificação.
No período de execução deste
trabalho, foram de suma importância as intermináveis entrevistas realizadas com
os proprietários da edificação, uma vez que não existiam dados bibliográficos
sobre a mesma. Essa colaboração foi necessária para obtenção de informações
sobre o primeiro proprietário e principalmente sobre o Chalé, sua origem e alterações
ocorridas.
Ressalta-se a grande
importância da elaboração de trabalhos voltados à preservação do Patrimônio
Histórico e Artístico, conservando a arquitetura, a cultura e a história de
cada região.
Ter participado de um estudo
dessa natureza, especialmente sobre o Chalé Porto Arthur, foi muito
gratificante pela oportunidade do conhecimento de sua história, como também no
que diz respeito aos fatos e emoções vividos por meus familiares nesta casa, ao
longo de quase um século. Que através desse documento, poderá passar ao
conhecimento de todos que se interessam por sua história.
Este chalé sempre me encantou...
ResponderExcluirHá notícia de um chalet Palmyra?
ResponderExcluirMosqueiro e suas belezas históriaricas
ResponderExcluirSimone fui seu Pediatra fiquei encantado com sua descrição histórica do Chalé Arthur Pires Teixeira, e também dá parte arqui
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