Farol de Mosqueiro

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segunda-feira, 9 de março de 2015

O "Chalé Porto Arthur"

Gravura do Chalé Porto Arthur pertencente à Senhora Mariinha Chaves

Dando sequência ao resgate do patrimônio material e imaterial de Mosqueiro, trago ao conhecimento dos leitores do Blog Mosqueiro Pará Brasil o texto a seguir que foi extraído e adaptado da monografia que serviu de Trabalho Final de Graduação do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade da Amazônia de autoria da então graduanda Simone Braga Chaves, sob orientação da Profa. Dulcília Maneschy Corrêa Acatauassú Nunes, no ano de 1999.
Simone é filha do casal Nelson Luiz Teixeira Chaves e Selma Braga Chaves, atuais proprietários do Chalé Porto Arthur, objeto central do estudo por ela desenvolvido. Além disso, o idealizador, construtor e primeiro proprietário desta residência, Arthur Pires Teixeira, pioneiro no desenvolvimento de Mosqueiro, foi o bisavô de Simone.
Como resultado desse esforço, temos o registro da história e das características de importante edificação que compõe, ao lado de outros exemplares congêneres, um conjunto arquitetônico singular no processo de ocupação da Amazônia.
Em nosso País, é imensa a quantidade de bens ou “coisas” que merecem ser preservadas à posteridade, pois é um país colonizado por culturas diversas que com o passar dos anos se multiplicaram, tornando o brasil o Brasil um país multicultural.
A preservação deveria ser um compromisso de todos, não só no que diz respeito às construções antigas, mas à cultura, aos costumes e à história de uma sociedade e de um território, será com a preservação deste patrimônio que ratificaremos nossa identidade onde o povo conhece suas origens e evoluções.
Justificando o termo preservação, Carlos Lemos define:
Preservar não é só guardar uma coisa, um objeto, uma construção, um miolo histórico de uma grande cidade velha. Preservar também é gravar depoimentos, sons, músicas populares e eruditas. Preservar é manter vivos, mesmo que alterados, usos e costumes populares. É fazer, também, levantamentos, levantamentos de qualquer natureza, de sítios variados, de cidades, de bairros, de quarteirões significativos dentro do contexto urbano. É fazer levantamentos de construções, especialmente aquelas sabidamente condenadas ao desaparecimento decorrente da especulação imobiliária.
Devemos, então, de qualquer maneira, garantir a compreensão de nossa memória social preservando o que for significativo dentro do nosso vasto repertório de elementos componentes do Patrimônio Cultural.
Este post do Blog Mosqueiro Pará Brasil é mais uma contribuição na esperança de que as autoridades responsáveis pela salvaguarda do patrimônio histórico e cultural em nosso País assumam definitivamente o compromisso de resgatar e proteger os tão falados Chalés de Mosqueiro. Foi quando assisti a defesa do trabalho da Simone que nasceu as ideias iniciais da proposta, já veiculada por este Blog, Centro Cultural - Casa da Memória.

Localização da Edificação

O Chalé Porto Arthur, situa-se no Distrito Administrativo do Mosqueiro, banhado pela baía do Marajó e pela Baía do Sol, e distante do centro da Capital do Estado do Pará, Belém, cerca de 70 quilômetros terrestres.


Fotografia do Chalé Porto Arthur - 1960

Mais precisamente, a edificação encontra-se na praia do Porto Arthur, antiga praia do Covão, “... cuja história se deve a um português amante das belezas e da paz mosqueirense, no começo do século XX”. O nome da praia foi modificado há muitos anos, com o objetivo de homenagear Arthur Peres Teixeira, proprietário do Chalé em questão, e de muitos outros terrenos daquela área, inclusive, onde atualmente encontra-se a Travessa Pires Teixeira, cujo nome é também em sua homenagem, pois o terreno foi doado por Arthur Pires Teixeira à prefeitura com o intuito de que fosse criada uma rua para interligar os moradores nativos da redondeza, com o interior da Ilha. Então, o nome da praia é uma homenagem ao proprietário do Chalé, e não o contrário como muitos acreditam.

É possível notarmos que a orla de Mosqueiro vem modificando-se ao longo dos anos. Como exemplo, tomamos as praias do Porto Arthur e Murubira, que hoje em dia, quando a maré está cheia, a águas chegam a atingir o muro de arrimo, encobrindo totalmente a praia. Porém, há muitos anos atrás a paisagem era totalmente diferente, pois as praias eram bastante distante das casas, separadas por extensas áreas arborizadas. Em frente à praia do Porto Arthur existia inclusive, uma construção em madeira com as mesmas características do chalé em estudo, feita também por Arthur Pires Teixeira, consistia em dois vestiários, um masculino e outro feminino, para uso de seus familiares.


Arthur Pires Teixeira sentado na frente do banheiro que existia na frente do Chalé que aparece ao fund pertencente à Senhora Mariinha Chaves


Durante alguns anos, um barracão no interior do terreno do Chalé Porto Arthur foi garagem e parada terminal para o bonde do Ferro Carril, veículo de tração animal cujo empreendedor foi o proprietário da edificação.

Bonde com tração animal de propriedade de Arthur Pires Teixeira. Nesta foto ele aparece com paletó preto e calça branca ao lado do condutor.


Além de todos esses benefícios, Artur Pires Teixeira doou um relógio que foi instalado na fachada principal do Mercado Municipal; construiu o Cine Guajarino, que infelizmente foi desativado, onde funciona atualmente um “mercadinho”, após o fechamento desse cinema não se tem notícia de tenha existido ou exista alguma sala de filmes na Ilha; publicou em Paris artigos de sua autoria sobre a ilha do Mosqueiro, relatando na Europa, as belezas e encantos da sua paixão; foi compositor, chegando a publicar belíssimas músicas para piano.


Relógio doado por Arthur Pires Teiexeira quando ainda estava na facha da do Mercado Municipal.  



As homenagens a Arthur Peres Teixeira não ficam apenas no nome da praia em frente à sua residência e a travessa, estão presentes também na Estação Rodoviária de Mosqueiro situada no bairro da Vila e no busto localizado na praça principal do Carananduba.

Entorno da Edificação

Como já foi mencionado, o Chalé encontra-se na praia do Porto Arthur, localizada entre as praias do Murubira e do Chapéu Virado. Esta última, durante muitos anos, foi palco de belas edificações do início do século XX, geralmente em madeira, com grandes áreas verdes ao redor. Atualmente, estas belas edificações estão reduzidas a poucos exemplares.

Na praia do Porto Arthur, encontramos o chalé “Briconly”, construída em madeira, com varandas alpendradas, porão habitável e lambrequins no telhado. Infelizmente, encontra-se num estado ruim de conservação. Notamos também, o chalé “Santa Maria” construído em madeira, com varanda alpendrada e telhado aparente. Encontra-se em bom estado de conservação.


Chalé Briconly


As demais edificações no entorno do chalé Porto Arthur, são mais recentes, a grande maioria segue um estilo arquitetônico mais regionalista, com muita madeira aparente nos pilares e esquadrias; grandes telhados cobertos com telhas de barro, beirais extensos, etc. existem também, as edificações no estilo modernista, além do difícil de apartamentos, que é denominado, também, de Porto Arthur. Por essa diversificação de estilos, dizemos que, neste trecho, a orla de Mosqueiro encontra-se totalmente eclética quanto às edificações, mas nada que torne a paisagem desagradável ou conflitante.

Histórico da Edificação

A edificação em questão é um chalé praticamente todo em madeira de lei, erguido no início do século XX, provavelmente, segundo informações, no ano de 1905. Durante o desenvolvimento do presente trabalho, não foi identificado materiais bibliográficos sobre a sua construção, estilo arquitetônico ou dados que esclareçam sua existência.

O primeiro proprietário do terreno, e também construtor da edificação, foi Arthur Pires Teixeira (1880 – 1961), era paraense, ao contrário do que Augusto Meira Filho relata em seu livro “Mosqueiro: Ilhas e Vilas” comerciante, e amante das belezas naturais em Mosqueiro. Ele foi um dos primeiros a construir casa naquele trecho da orla.


Fotografia de Arthur Pires Teixeira


Acredita-se ter adquirido o terreno nos primeiros anos do século XX, concluindo a obra em 1905. Desde o início a propriedade pertenceu à mesma família, passando de pai para filho ou irmãos, não sendo, portanto, habitada por desconhecidos.

Inicialmente, o terreno chegava até o igarapé Natal do Murubira, sendo que a área de entorno do chalé compreendia apenas 59 metros de testada, por 100 metros de profundidade e os 1.036 metros que levavam ao igarapé, eram em mata fechada, sem utilização para residência.




Arthur Pires Teixeira foi casado com Alzira Rodrigues Pires Teixeira, e tiveram quatro filhos: Palmyra Pires Teixeira, Alba Rodrigues Pires Teixeira, Mariinha Pires Teixeira Chaves e João Rodrigues Pires Teixeira. No ano de 1961, Arthur Pires Teixeira faleceu, e o terreno e tudo que existia no seu interior, passou a ser propriedade das filhas Palmyra e Alba.

Na época, Palmyra e Alba residiam no Estado do Rio de Janeiro, e assim, Waldemar Lins de Vasconcelos Chaves, esposo de Mariinha Pires Teixeira Chaves, passou a administrar a propriedade, estes, tiveram quatro filhos: Nelson Luiz Teixeira Chaves, Luiz Carlos Teixeira Chaves, Murillo Teixeira Chaves e Mônica Teixeira Chaves.




Em 1970, grande parte do terreno foi desapropriada para a construção da Rodovia PA-391. A parte que ficou depois da estrada, foi vendida para a ASCB (Associação dos Servidores Civis do Brasil), e a outra parte que confinava com o terreno do chalé, os 100 metros, foi vendido para pessoas físicas, inclusive alguns lotes foram comprados por Nelson Chaves, filho de Mariinha e Waldemar Chaves.

Mais tarde, em 1975, Waldemar Chaves comprou a propriedade de Palmyra e Alba Pires Teixeira.




No ano de 1994, Waldemar Lins de Vasconcelos Chaves faleceu, transferindo a propriedade para a sua esposa Mariinha Chaves. Desde então, a administração da mesma ficou sob responsabilidade de Nelson Chaves, primogênito do casal, casado com Selma Braga Chaves, com quem tem três filhos: Arthur Braga Chaves, Fábio Braga Chaves e Simone Braga Chaves. Nelson tem como principal intensão conservar o chalé com seus traços originais, fato que pode ser observado na reforma recente que realizou, em 1997, substituindo somente as peças e materiais que já não poderiam mais ser restaurados, e recuperando tudo que estava deteriorado, inclusive móveis e utensílios da casa.




Cronologia da Edificação

O chalé Porto Arthur, segundo informações dos proprietários, teve sua construção concluída por volta do ano de 1905. Inicialmente era todo em madeira, porém, como passar dos anos, e o propósito de atender às necessidades dos proprietários, foram feitas algumas modificações internas. Essas modificações não alteraram a composição da edificação. Este chalé passou por algumas reformas, as mais significativas realizadas nos anos de 1935, 1966, 1981 e 1997. A primeira, em 1935, ainda realizada por Arthur Pires Teixeira, consistiu apenas em modificar as paredes do banheiro e da cozinha para alvenaria.









A segunda, em 1966, feita por Waldemar Lins de Vasconcelos Chaves, consistiu em reparar todas as peças danificadas da edificação, instalar forro nos compartimentos que não possuíam, transformar os ambientes de chuveiro e sanitário em um único banheiro, retirar o dormitório de serviço e revestir o piso da cozinha e banheiro com ladrilho hidráulico.






A terceira, em 1981, feita por Waldemar Chaves com auxilio de seu filho mais velho Nelson Chaves, teve como objetivo a criação de um banheiro no dormitório 01, dando origem a uma suíte.






A reforma mais recente ocorreu em 1997, onde Nelson Chaves restaurou toda a edificação, recuperando as peças de madeira do telhado, das paredes, dos forros e até mobiliários da edificação, construiu mais um banheiro, criando outra suíte, no lugar do então dormitório 03, refez as instalações elétricas e reparou as hidráulicas, pintou o chalé interna e externamente, além da reforma na casa do caseiro.






Análise Estilística

No Brasil, as residências erguidas nos séculos XVIII e XIX, ocupavam sempre todo o espaço do lote e as plantas eram semelhantes umas das outras. Poderiam ser encontrados as casas térreas, os sobrados, as de porão baixo e os sobrados com o porão alto, mais sempre ocupando todos os limites do lote. Neste período, as edificações erguidas no Brasil eram praticamente cópias das existentes em Portugal, inclusive as mercearias de esquina.
Depois de muitos anos, com o fim do tráfico de escravos, a chegada dos imigrantes e o desenvolvimento do trabalho remunerado, começaram a aparecer as edificações com um pequeno afastamento em relação ao limite do lote, primeiramente o afastamento era lateral, discreto em apenas um dos lados, dando início ao aparecimento dos jardins laterais, valorizando a elevação voltado para ele.

Somente nos últimos anos do século XIX e nos primeiros do século XX, pode-se dizer que a edificação já estaria totalmente solta e relação ao lote, surgindo as chácaras, “habitações campestres próximas da cidade”, os chalés.

A edificação em estudo assim como outras residências desta Ilha, assemelha-se a uma construção em estilo europeu. Pode-se denomina-la de chalé, apresentando-se também como uma construção isolada no centro do terreno. Corona e Lemos, assim definem chalé:

chalé – Termo proveniente do francês chalet e que originalmente se aplicou entre nós, para designar a casa campestre de estilo suíço principalmente, e que hoje se refere de modo geral a toda casa de madeira rural, campestre, etc...”.

O chalé Porto Arthur pode ser considerado como eclético, notando-se a predominância do estilo Art Nouveau nas formas sinuosas dos alisares, nos ornatos das bandeiras das portas internas de acesso a suíte 01 e quarto 01 e nos detalhes do lambrequim da fachada frontal, nas cores dos vidros das bandeiras que compõe as janelas rasgadas da fachada frontal e as portas de acesso a suíte 01 e quarto 01 no vidro rugoso azul da bandeira das janelas laterais.






A fachada principal (noroeste) é composta por um frontão com um óculo circular no centro para ventilar o desvão do telhado, tem a estrutura de caibros do telhado encoberta por lambrequins rendilhados em madeira pintada, com ornamentos em forma de flores, também em madeira. É guarnecida por quatro janelas rasgadas com bandeira fechada por vidros coloridos em formas sinuosas, e alisares rebuscados e uma porta de acesso a edificação idêntica a estas janelas rasgadas, existe uma pequena escada em alvenaria em frente a porta de acesso. As gateiras que encontram-se abaixo dessas janelas, são fechadas também por grades de ferro fundido e trabalhado, e os guarda-corpos que protegem estas janelas são também em ferro fundido e trabalhado seguindo o mesmo estilo das gateiras. Nesta fachada, todas as paredes são em madeira de lei e repousam sobre o baldrame de alvenaria.




A fachada lateral (nordeste) é menos rebuscada. Em primeiro plano nota-se uma parede cega, ou seja, sem aberturas, que é a da suíte 01, sobre esta parede, o lambrequim que encobre o telhado frontal, é diferente do voltado para fachada descrita anteriormente, mas também bastante rendilhado. Já em segundo plano, que é composto pela sala de jantar e cozinha, notamos que é composta com três janelas duplas com detalhe da bandeira em vidro azul rugoso, e uma janela simples em madeira de lei, na cozinha. E em terceiro plano, onde encontra-se o banheiro social, notamos uma porta simples em madeira de lei. O telhado que cobre esta área é aparente, com estrutura em madeira e telhas de barro tipo colonial. Nesta fachada, notamos que quase todas as paredes são em madeira, com exceção do banheiro que é em alvenaria.




Na fachada posterior (sudeste), também notamos três planos diferentes, o primeiro é composto apenas por uma parede cega, sem aberturas, em alvenaria que é a parede do banheiro social, em segundo plano, notamos a presença de uma janela lisa, simples em madeira e a porta de acesso a edificação, também simples em madeira, à frente desta porta de entrada, existe uma portinhola de madeira, com 1,00 m de altura, para impedir a entrada de animais na casa, e o terceiro plano é guarnecido por duas janelas rasgadas, diferentes das encontradas na fachada principal. Em todos os três planos, os telhados são aparentes com estrutura em madeira e telhas de barro tipo colonial, e as paredes são em madeira com exceção do primeiro plano onde encontra-se o banheiro social.

A outra fachada lateral (sudoeste), é composta por quatro janelas, oito gateiras, e nove seteiras, estas gateiras e seteiras são fechadas por grelhas de ferro. As janelas estão localizadas na sala de estar, nos quartos e na suíte 02, as seteiras estão na cozinha, no banheiro da suíte 01 e no banheiro social. Com exceção das paredes da cozinha e dos banheiros, que são em alvenaria, as demais são em madeira. Nesta elevação, o telhado também é todo aparente, com estrutura em madeira e telhas de barro tipo colonial. É possível notarmos o detalhe do guarda-corpo da escada que dá acesso a edificação na fachada frontal que é em ferro fundido e trabalhado.

Proposta de preservação

A edificação em estudo, apresenta ótimas condições de preservação, como pôde ser comprovado nos levantamentos realizados no local. Por esse motivo, não há necessidade de uma restauração no chalé, tanto no que diz respeito à parte interna quanto à externa, e sim, a constante manutenção, fato que vem acontecendo durante alguns anos. E também, o reparo de algumas peças que possam estar danificadas, como ocorre principalmente no piso de madeira, tabuado corrido de acapu e pau-amarelo, pela dificuldade de reposição, devido a escassez do material e o elevado custo.

Tendo sido alterado o partido original da casa, que pode ser comprovado neste estudo, com a finalidade de adequar a edificação às necessidades dos proprietários e também aos novos costumes, modificados com o passar dos anos e das gerações, pretende-se não mais alterá-la para evitar que num futuro próximo perca suas características originais.

Dessa forma, propõe-se a construção de uma edificação no terreno, com apenas algumas suítes, desde que se preserve o entorno, permitindo a ambiência do local e visibilidade, ou seja, não sufocando o chalé com edificações rebuscadas ou desproporcionais. Essa nova construção, teria a finalidade de atender os proprietários em condições satisfatórias de conforto, continuando o chalé como ponto de integração, uma vez que a família está crescendo, e não mais será possível o abrigo de todos na casa.

Para o interior do chalé Porto Arthur, tem-se a intensão de transformar a sala de estar em uma sala expositora com painéis e fotos que informem a origem da casa, as transformações ocorridas, os detalhes construtivos, os ornamentos em madeira, e fatos sobre a vida de Arthur Pires Teixeira e da família. Registrando também, uma pequena parte da história de Mosqueiro, que como foi estudado, tem um rico patrimônio histórico e arquitetônico, que infelizmente não é lembrado e desconhecido por muitos e aos poucos poderá transformasse em um local sem passado, como ocorre em muitos lugares no Brasil.

Conclusão

A realização deste trabalho, consistiu em um levantamento e uma proposta de preservação para o Chalé Porto Arthur, abrangendo a evolução urbana de Belém e de Mosqueiro e o conhecimento da edificação. Fez parte também o diagnóstico, que foi importante fase para a concepção da proposta de preservação da edificação.

No período de execução deste trabalho, foram de suma importância as intermináveis entrevistas realizadas com os proprietários da edificação, uma vez que não existiam dados bibliográficos sobre a mesma. Essa colaboração foi necessária para obtenção de informações sobre o primeiro proprietário e principalmente sobre o Chalé, sua origem e alterações ocorridas.

Ressalta-se a grande importância da elaboração de trabalhos voltados à preservação do Patrimônio Histórico e Artístico, conservando a arquitetura, a cultura e a história de cada região.

Ter participado de um estudo dessa natureza, especialmente sobre o Chalé Porto Arthur, foi muito gratificante pela oportunidade do conhecimento de sua história, como também no que diz respeito aos fatos e emoções vividos por meus familiares nesta casa, ao longo de quase um século. Que através desse documento, poderá passar ao conhecimento de todos que se interessam por sua história.

4 comentários:

  1. Mosqueiro e suas belezas históriaricas

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  2. Simone fui seu Pediatra fiquei encantado com sua descrição histórica do Chalé Arthur Pires Teixeira, e também dá parte arqui

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