Ah! Mosqueiro meu
Mosqueiro bom!
Tão perto
Tão longe!
Tão perto de meus olhos úmidos
molhados de saudades!
Tão longe de minhas mãos
Cortadas pelo vento!
Tão perto de meus sonhos
desterrados
Tão longe de meu pranto
emadurecido!
Ah! Mosqueiro
meu
Mosqueiro
bom!
Tão perto
Tão longe!
Tão perto da
lembrança
Que não foge!
Tão longe do
passado
Que renasce!
Tão perto da
paisagem
Refletida!
Tão longe da
memória
Que não
morre!
Ah! Mosqueiro
meu
Mosqueiro
bom!
Tão perto
Tão longe!
Há um ser de
tudo que se perde em ti...
Onde ?
Na solidão
das praias que te abraçam
E nas sombras
mortas da mata que te esconde!
Augusto Meira Filho
Belém 19 de
março de 1968
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