Augusto Meira
Filho
Quatro e meia. O Sol é ardente, o galpão cheio
De
gente confusa em louco borborinho.
Bagagens
soltas, crianças de permeio
Com
pássaros em fuga de assanhado ninho !
Caras
que vão e vem, ano após ano ...
Do
mais alto verão ao pleno inverno
Cabelos
que encanecem no dever profano
De
na vida sofrer e ainda viver no inferno...!
No
velho pavilhão, onde o mormaço
A
alegria transforma em mísero cansaço
O
santo coração de um povo peregrino...
No
barco... um turbilhão de corpos oprimidos
Qual
sinistra galera, onde os gemidos
Cantam da morte o derradeiro hino...!
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